09 janeiro, 2009




Papiro



Desta vez não tenho

De apoio a Família Real...

O que alicerceia minha

Pena são uns cachos

De cor loura, de um

Alvo quase cristalino

Com fios em ouro escuro...

Salpicado o rosto

Com o que mais aprecio -

Sardas...

Perco-me neste mar pistado

Polvilhado povoado de

Pontos que é teu corpo...

Entro num êxtase perpétuo

Adormeço olhando-te,

Viajo peregrinando pelas

Tuas melenas envolta

Desaparecida nos caracóis

Que pendem de tua cabeça

E são agora meu papiro amante.




BM.



Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bela.Não sei porque dizes que as Musas te abandonaram e pouco tens escrito.Escreves bem,bem o sabes.Aproveita o teu papiro e desliza a tua pena com as tintas do sentimento.