Por que me largas trôpega,
Catando por entre ladrilhos
Os resquícios de minha face?
Golpeia-me o corpo, já em chagas,
Estigmas, escaras, para marcares
O que um dia possuía as garras tuas.
Destrói aos risos sarcásticos
Aqueles farrapos que ainda
Cobriam minha integridade.
Denigre o que tenho de mais honesto,
Nos almoços inexistentes de domingo.
Difama,
Aquela que foi mulher
Em tua cama.
Por que ainda rogas,
Se o que pulsa em meio
Aos meus pulmões
Já é cadavérico?
Para que te armas, e
Vai à guerra em minha busca,
Se terás o corpo que destruíste.