sinto o olor, aquele aroma
de orquídeas que enfeitavam
nossa mesa de jantar...
tua mesa, na verdade, eu apenas
fui uma passante, talvez uma viajante -
vai saber, nem eu sei como me definir.
por que tu trocaste meus cachimbos
tão bem selecionados por cigarros
comprados na esquina?
o perfume mais raro de fumos selecionados
- que matariam teus girassóis -
por algumas tantas latas de cervejas
sorvidas até o último gole.
meu toque deveras suave,
em tuas melenas,
por mãos que vivem em guetos,
em ruelas, largadas à esbórnia,
cujos toques são nos mais variados
cabelos opacos e sem brilho.
por que tu não me disseste que
querias apenas viver como Al Berto
nos Equinócios?
BM
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