25 setembro, 2008



Cética

“quanto mais conheço as pessoas, mais amo os animais”
Não farei uso desta oração
Porque odeio frases prontas;
Mas por que a pus no papel?
Por isso já não a estou usando?
Uso, e óbvio. Mas não uso também.
Porem, quem és tu?
Quem é minha mãe?
Quem é meu pai?
Quem são teus pais?
Seriam os teus os meus?
Serias tu minha morada?
Meu inferno?
Minha morada seria o inferno?
Serias tu minha irmã?
Nas escrituras sagradas sim...
Então como posso desejar-te?
Incestuosa, eu?
Serias tu uma deusa?
Só existiram as mitológicas...
Então por que iludir-me como tal?
Elas eram Deusas?
Se são mitos?
Se sou mito?
Se fores mito?
Se fores o errado?
Quem seria o certo?
A que leis devo obedecer?
Se a divindades são lendas...
O Divino seria também...?
Então por que me dizem “vá com Deus”?
Será que ele vem comigo?
Quer estar comigo?
Será que quero estar com ele?
Não meu perguntaram... apenas ordenaram.
Não direi mais uma vez que meu terreno é escorregadio;
Mas já o disse.
Como nego fazendo?
E ainda ouso dizer que não farei...
Estou louca? Onde está escrito
Que devo ser sã?
Por que pensei uma coisa e escrevo outra?
Por que disse sim, por que disse não?
Devo acreditar em ti?
Se a cada dia abre teu guarda-roupas
E as vestimentas me surpreendem...
Por que me surpreendem?
Não sou cética?
Jamais deveria ser surpreendida!
O que e a crença?
Meus amados amantes queridos
O que é o amor afinal?
São cinco da manhã,
É hora de dormir.
Mas quando devo dormir?
Nada sei, apenas que o cerrar
Das pálpebras deveria ser eterno.

BM

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