25 setembro, 2008




Autoimune

Receio estar sendo acometida
Por uma loucura atroz.
O sangue que corre dos meus
Braços alivia a dor na minh’alma...
Algo inexplicável aos estranhos – todos são estranhos.
Mas comum ao meu corpo...
A navalha desliza na carne
Como a pena no papel...
Sem a menor sensibilidade
Lavo o tapete branco da
Alcova com o vermelho
Do que punge;
Maltrata...
As cartelas dos opiáceos
Sobre o criado-mudo
Estão vazias,
Enquanto a mente dopada,
Entregue...
Pronta para o fim
Pois a vida explica
Mas só a morte ensina.


BM.

Nenhum comentário: