Reprise
Sim, aqui estou
Enclausurada ao círculo vicioso
Em que gira a minha existência
Tão ignóbil!
Não, dele não sairei;
Deparo-me mais uma vez
Com nomes expostos, correspondências,
Tanta dor, descuro nítido.
Até quando padecerei; "para o todo e
Sempre sendo a 'outra que o mundo condena'"?
Vou à cartomante
Para que me leia,
Sou obra complexa,
De difícil interpretação, porém,
Livro de capa reveladora.
Minha tez denuncia o descaso,
A insatisfação,
Mas dela não me desfaço
E nela me aprisiono.
Ainda não subi ao palco,
Portanto, não sei encenar.
BM
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