08 fevereiro, 2008




Reprise


Sim, aqui estou

Enclausurada ao círculo vicioso

Em que gira a minha existência

Tão ignóbil!

Não, dele não sairei;

Deparo-me mais uma vez

Com nomes expostos, correspondências,

Tanta dor, descuro nítido.

Até quando padecerei; "para o todo e

Sempre sendo a 'outra que o mundo condena'"?

Vou à cartomante

Para que me leia,

Sou obra complexa,

De difícil interpretação, porém,

Livro de capa reveladora.

Minha tez denuncia o descaso,

A insatisfação,

Mas dela não me desfaço

E nela me aprisiono.

Ainda não subi ao palco,

Portanto, não sei encenar.


BM


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