08 fevereiro, 2008


Escuridão


A família Real de amparo,

Luminária? A cinza de charuto

Aceso, ou seria o luar?

Nunca parei para olhá-lo?

Será este meu defeito?

Falta-me luz, onde a encontrar?

Nos hospitais têm geradores...

Assim como nos motéis,

Para onde vou?

Não, quero padecer na penumbra,

Na chuva, na rua, na lama...

Na urna! É para lá que tu vais.

E o espledor que fulgurá um dia em

Meu ventre, trarar-me-á um rebento

Inepto como nós? Ou um intelectual como Nietzsche?

Nunca saberemos...

Disseste-me um dia que me serviria

Como luz de emergência; Mentiste!

Cadê tu?

Padeço como sempre me batendo

Nos móveis, já cansei de relatar

Que ando trôpega.

Onde estão meus pulmões pleuríticos?

Já se foram dois maços.

E a minha consciência?

Em ti?

Não, vagando cidade à fora.


BM

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