Mesário de Morte 03/06/10
Peço perdão a Hades se hoje
Choro...- e que ele continue no inferno.
Eu, aquela déspota tirana vil
Cuja crueldade é exalada pelos poros
De um corpo imundo, de braços
Rasgados, como o véu da noiva inacabada que fora
Abandonada ao altar, pobre tecido já necrosado, miisiático...
De tão pustulenta a escara cativéira
Somem dos versos os vermes augustianos, por asco.
Que subam aos céus, que desçam ao inferno, que fiquem na terra,
Apenas suplico com a humildade que não me é peculiar
Afastem-se de mim.
Posto que sou a morte mais viva que conheço,
O limbo mais paradisíaco que podes encontrar.
Sou dor pura.
Sou a mãe que perde o único filho e recolhe
Os pedaços do cadáver para montar um defunto
E oferecer ao funeral.
Sou aquela criança assombrada por fantasmas
Inexistentes, que se grudava ao colo da mãe
Para acalmar o pranto.
Sou o humano mais maléfico frio e calculista
Capaz de ver um doente em insuficiência respiratória,
Já cianótico, ainda com vida, sentaria bem próxima
Dele para assistir àquela morte lenta – com prazer.
Sou as orquídeas que um dia deixaste o sol maldito,
Com seus raios poderosos, cometer um crime hediondo.
Que não me cerquem as Erínias, sou ré confessa,
Sou má
Sou a Rainha mordaz
Sou o veneno do anel da Bórgia.
Não me queira ver,
Deteste-me, e sejamos
Infelizes para o todo e sempre.
BM.
Peço perdão a Hades se hoje
Choro...- e que ele continue no inferno.
Eu, aquela déspota tirana vil
Cuja crueldade é exalada pelos poros
De um corpo imundo, de braços
Rasgados, como o véu da noiva inacabada que fora
Abandonada ao altar, pobre tecido já necrosado, miisiático...
De tão pustulenta a escara cativéira
Somem dos versos os vermes augustianos, por asco.
Que subam aos céus, que desçam ao inferno, que fiquem na terra,
Apenas suplico com a humildade que não me é peculiar
Afastem-se de mim.
Posto que sou a morte mais viva que conheço,
O limbo mais paradisíaco que podes encontrar.
Sou dor pura.
Sou a mãe que perde o único filho e recolhe
Os pedaços do cadáver para montar um defunto
E oferecer ao funeral.
Sou aquela criança assombrada por fantasmas
Inexistentes, que se grudava ao colo da mãe
Para acalmar o pranto.
Sou o humano mais maléfico frio e calculista
Capaz de ver um doente em insuficiência respiratória,
Já cianótico, ainda com vida, sentaria bem próxima
Dele para assistir àquela morte lenta – com prazer.
Sou as orquídeas que um dia deixaste o sol maldito,
Com seus raios poderosos, cometer um crime hediondo.
Que não me cerquem as Erínias, sou ré confessa,
Sou má
Sou a Rainha mordaz
Sou o veneno do anel da Bórgia.
Não me queira ver,
Deteste-me, e sejamos
Infelizes para o todo e sempre.
BM.
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