quimera
tudo me foi vagamente passei por um corredor e vi algumas pessoas deitadas na verdade nem observei ninguém somente tu me parecia lúcida vívida viva mas o óbito nas minhas mãos os choros inclementes estavas de tórax ereto pescoço de pé como vigilante embora os olhos fechados corri até a enfermaria procurei pelo teu leito não havia nada apenas o suporte do soro fisiológico que tomara e uma bolsa de sangue pela metade ainda muitos me avisaram ela faleceu quando dei por mim lançada ao chão em pranto amigo contínuo meu fiel companheiro me debatia lamentando a morte que era tua chamaram médicos para me olharem por que olhar para mim não interesso à medicina tu interessavas procuro meu túmulo enquanto tu buscavas incansavelmente teu berço sem drogas opiáceos morfinas de braços abertos sangrentos salvei um menino em um acidente de carro era apenas o filho que não tive a oportunidade de dar à luz mas ele estava muito ferido eu lembro de gritar por socorro com ele no regaço mas eram insonoros meus berros fui agredida por médicos que negligenciaram socorro ao meu rebento corri para o lado de fora com ele nas mamitas o menino estava bem quando o carro capotara eu o protegi no útero talvez e a moléstia perene era só a minha loucura
BM
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