... cantiga de amigo ...
tantos aos meus pés estão
enquanto só pairo aos pés de uma
unica
louca insana demente
paixão – que despreza meus suplícios.
Dinamene ensinou a nós
o amor que deu a Camões,
porém em minha vida camoniana
não salvei a Grande Epopéia...
morri por ti...
os versos atirei a teus pés,
a carcaça lancei no abismo
que é teu corpo...
assaltada por noites, com teu pranto
inclemente, ao qual não me dava o luxo
de saber a razão...
somente recostava-te em meu regaço
e cantava para que adormecesses
sem os fantasmas...
e ninguém houve, no mundo,
que beijasse minhas feridas,
ainda sangrentas, bebeste minha dor,
quando das cicatrizes brotava o vívido
sangue, tu sorvias com os lábios
para estancar minhas chagas,
outrora, ao encontrar os membros
já com o sumo tatuado, todavia me beijaste
no local que já não sangrava, mas pungia.
tu me deste vida...
embora fictício
realizaste meu mais valioso sonho,
nossa prole – me deste um rebento...
talvez por isso vivamos.
enquanto só pairo aos pés de uma
unica
louca insana demente
paixão – que despreza meus suplícios.
Dinamene ensinou a nós
o amor que deu a Camões,
porém em minha vida camoniana
não salvei a Grande Epopéia...
morri por ti...
os versos atirei a teus pés,
a carcaça lancei no abismo
que é teu corpo...
assaltada por noites, com teu pranto
inclemente, ao qual não me dava o luxo
de saber a razão...
somente recostava-te em meu regaço
e cantava para que adormecesses
sem os fantasmas...
e ninguém houve, no mundo,
que beijasse minhas feridas,
ainda sangrentas, bebeste minha dor,
quando das cicatrizes brotava o vívido
sangue, tu sorvias com os lábios
para estancar minhas chagas,
outrora, ao encontrar os membros
já com o sumo tatuado, todavia me beijaste
no local que já não sangrava, mas pungia.
tu me deste vida...
embora fictício
realizaste meu mais valioso sonho,
nossa prole – me deste um rebento...
talvez por isso vivamos.
BM.
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