Valsa
Disseste-me tu - "Sou toda tua..."
Já seria minha a alma cujo
Neste corpo achara o habitat,
Adormecida em um repouso lúgubre?
Minha haveria de ser a boca na qual
Perdi o fôlego no beijo eterno?
Sou eu a dona desta dançarina
Bailarina brincando sobre
Aquela caixa de música?
E o encontro mágico daquelas
Personas sedentas cálidas...
Por séculos esperava a nobre dança,
Que não era uma reles valsa
Ou um sonho de valsa.
Éramos o embalo ritmado
Ao suor que escorria pelas peles...
Partes desnudas deslizavam
No som suave dos gemidos nossos;
Por fim, fundimo-nos UMA.
BM
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