26 abril, 2008




Domínio – Dominus – Domi-nó

Queria ser analfabeta funcional
Queria ser encenação de palco
Arlequim de carnaval
A dançar mascarada
Da verdade desmistificada.
Queria não ter emoção
Queria nunca saber da razão
Nem a quem ela pertence.
Queria dominar a fera, em cujas
Aparições deixa rastros de sangue
Nos cueiros, e marcas eternas
Pela pele pestolenta.
Queria não acordar
Queria morrer por algumas
Horas, ah, “As Horas”...
E desvendar os mistérios
Do nada.
Queria odiar os amados
Amante dos transgressores ser.
Queria o domínio do dominado
Solamente...

BM

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