Diálogo
Ela me dissera – “a criança dá o primeiro passo”.
Quando fora meu primeiro verso?
Meu choro acalmado pelas melenas da Mãe.
O “a” torto na cartilha – até hoje deveria usá-la.
Quando te conheci?
Quando te perdi?
Como o fiz?
Em que lugar te reencontrei?
Por quais sendas te buscarei?
Busca-la-ía em meus devaneios dementes
Encontrar-te-ía naquela fotografia cuja face
É a minha atual, não tu.
Nas nem tão recentes, encontrarei a beleza
O abraço teu semblante austero e terno.
Em minhas memórias acharia o vago,
Estou com o disco rígido vazio.
Nas minhas tormentas acharia a criança
Agarrada às pernas que são tuas, aos berros,
Enquanto me dizias – “calma, filha, te levantas,
Dar-te-ei um banho, por que choras?“
Porque a criança já aprendera a dominar os morfemas,
A juntá-los e formar palavras, o rebento dominara a leitura,
O signo significado e significante.
Agora, não mais do que no contemporâneo
Acho-te nos corredores dos hospitais,
Em macas, perambulando pela enfermaria, não te aquieta.
E onde estou?
Ao lado de fora, com os laudos os fonemas imagens acústicas
[Angústia...]
Tão imperfeitas e trôpegas como o próprio Saussure
Perdoai-me, mestre.
Prossiga Doutor...
Por favor.
BM
Ela me dissera – “a criança dá o primeiro passo”.
Quando fora meu primeiro verso?
Meu choro acalmado pelas melenas da Mãe.
O “a” torto na cartilha – até hoje deveria usá-la.
Quando te conheci?
Quando te perdi?
Como o fiz?
Em que lugar te reencontrei?
Por quais sendas te buscarei?
Busca-la-ía em meus devaneios dementes
Encontrar-te-ía naquela fotografia cuja face
É a minha atual, não tu.
Nas nem tão recentes, encontrarei a beleza
O abraço teu semblante austero e terno.
Em minhas memórias acharia o vago,
Estou com o disco rígido vazio.
Nas minhas tormentas acharia a criança
Agarrada às pernas que são tuas, aos berros,
Enquanto me dizias – “calma, filha, te levantas,
Dar-te-ei um banho, por que choras?“
Porque a criança já aprendera a dominar os morfemas,
A juntá-los e formar palavras, o rebento dominara a leitura,
O signo significado e significante.
Agora, não mais do que no contemporâneo
Acho-te nos corredores dos hospitais,
Em macas, perambulando pela enfermaria, não te aquieta.
E onde estou?
Ao lado de fora, com os laudos os fonemas imagens acústicas
[Angústia...]
Tão imperfeitas e trôpegas como o próprio Saussure
Perdoai-me, mestre.
Prossiga Doutor...
Por favor.
BM
Nenhum comentário:
Postar um comentário