15 agosto, 2007




Declaração


Hoje amante

Amada,

Calada,

Olhar-te

Não é simplesmente

Vê-la em nossos lençóis pueris.

É ver o belo liberto,

Do que oprimia o peito meu

Agora, regaço teu.

Estes olhos que de um negrume,

Cintilam ao pousarem na

Vil poeta que tenta em líricas

Transfundir o amor que sentes

À veia da mulher

Esperada,

Buscada,

Alcançada.

Escalei teu corpo...

Feito alpinista agarrada a teus seios,

Com o intento de alcançar

Tão somente a boca tua,

E fazer de nossas carnes,

Uma só.


BM

Um comentário:

Anônimo disse...

A cada nova palavra, o léxico se reinventa...a construção da alma se encontra com a construção mecânica da escrita..não basta apenas ler, reler...é necessário sentir,digerir,parir...sua poesia está linda,,,e crescente no fazer literário...Parabéns...