17 janeiro, 2007



Saudade de Amar


Ressonava, terna, leve como as plumas
De faisões angelicais.
Naquele sofá de nós duas...
Deitava-me a cabeça no lado oposto
Ao que amparara teu corpo,
Adormecia na calmaria das almofadas
Abóboras, tais como a que transportara
Outrora, Cinderela, no meu conto, sem fadas.
Sou acometida por um salto,
E de espinha erguida,
Arrancada a unhadas de um sonho
Tão mágico.
Fazia amor contigo, contigo....
Beijava-te tranqüilamente a carne alva,
A pele polvilhada pelo que tenho apreço,
Dançava, unindo meu corpo ao teu,
Roçava,
Mexia,
Meus flancos agarrados entre as pernas tuas,
Ou dominados pelas tuas garras,
Que eram tão minhas naquele instante.
Amamo-nos até a exaustão!
Despertei,
Louca,
Insana,
Morta de cansaço.
E um cio me atirou às paredes, na falta tua
Lágrimas nas pestanas.
Amar-te....O....Belo...amada....
Bálsamo...Aguardo....Regresso....


BM

2 comentários:

Anônimo disse...

Linda!!!!!!!!!!!
Simplesmente linda...
Beijos,
TRANCAD@

Anônimo disse...

Vinícius já dizia em canção homônima a teu poema,musicada por Francis Hime:"Vence a tua solidão,abre os braços e vem.Meus dias são teus.Oh,volta que nos braços meus não haverá adeus nem saudade de amar.E os dois,sorrindo a soluçar,partiremos depois".