Hora Exata
Estou preenchida
Até o topo da minha maior
Felicidade...
A vontade mais latente
Assaz perene
De perder a vida!
Nossa, como estou feliz
Em pressentir a dor de
Meus ossos estilhaçados
Naquela calçada ou
Quiçá embaixo d'algum
Veicúlo que esteja passando
Na hora... hei, mas
Tem de ser na
Hora exata...
No extremo em que broto
Aquele sangue vívido
De meus punhos...
No instante em que sinto meus
Pulmões cancerosos me
Roubando o ato - "a respiração"...
A cinza derramou no papel
Não pude alcançar o cinzeiro,
Perdoe leitores, preciso salvar
o poema...
BM.
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