13 janeiro, 2009



Hora Exata


Estou preenchida

Até o topo da minha maior

Felicidade...

A vontade mais latente

Assaz perene

De perder a vida!

Nossa, como estou feliz

Em pressentir a dor de

Meus ossos estilhaçados

Naquela calçada ou

Quiçá embaixo d'algum

Veicúlo que esteja passando

Na hora... hei, mas

Tem de ser na

Hora exata...

No extremo em que broto

Aquele sangue vívido

De meus punhos...

No instante em que sinto meus

Pulmões cancerosos me

Roubando o ato - "a respiração"...

A cinza derramou no papel

Não pude alcançar o cinzeiro,

Perdoe leitores, preciso salvar

o poema...


BM.

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