22 novembro, 2008




Não faça de meus olhos
Um escape para tua cegueira...
Minhas pálpebras há muito se colaram...
Jamais uses minha voz para expor
Teus danos tuas dores – estou afônica,
Não andes ancorada em meu esqueleto
As paratireóides foram
Roubadas – em breve viro pó.
Não respire com meus pulmões...
Escarrei-os na semana passada;
Não me beijes não te iludas –
Fracassei.

BM.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não,não fracassaste.Não és Deus.Não podes dispor da vida e da morte.Podes cuidar,e o fizeste.E o fazes.Não te culpes do que não é culpa de ninguém.Não tentes entender o imponderável.Apenas aceita e segue em paz.