27 outubro, 2008



À Lúcia

O semblante é o mesmo
de sempre,
as sardas salpicavam o rosto,
polvilhado o colo, quase que
não se via o alvo, posto que
era tão sensível a energia
deste emanada,
lugar onde
no todo e sempre eu estava acolhida...
Tu te faz feito Madona...não a de Cedro,
nem tampouco as de uma Alemanha
há tanto figurada em Dürer...
Aquela era para mim um ser único,
criatura inigualável...
Heroína assaltada dos rabiscos
de Alencar...
Mas em nosso real
inexistem Ceci e Peri.
Ela é e tão somente será,
quiçá, aquela
que me embala nos cueiros...
ainda acabados de serem bordados...
Além...
Tu alcançaste aquém do cargo de irmã;
a ti, chamo: Madre!


BM

3 comentários:

Anônimo disse...

Bruna,
não a conheço, mas sou obrigada a concordar com você em gênero, número, grau e amizade..rss.
Esta mulher é incrível. Ela é para mim um exemplo verdadeiro do que é ser mulher.
Você Merece, Lúcia!!!
Bjs Mil.
Jamyle

Anônimo disse...

Linda poesia e que traduz perfeitamente o exemplo de mulher que é a Lu.
Ela merece!!! E parabéns pelo texto, Bruna.
Bjos, Lu

BM disse...

Jamyle e Daniela,
Não as conheço ao vivo e em cores, mas concordo com tudo o que postaram no blog para a poesia da Lu, os meus versos, talvez tortos, sem metro, sem rima, quiseram traduzir um pouco do que eu vejo na Lucia, tive um rompante, estávamos numa mesa de bar, eu a olhei, peguei um guardanapo, a caneta, e deslizei alguma coisa, eis o poema....eis um pouquinho do que eu gostaria de passar a nossa amiga...
Um grande beijo,
Obrigada pela visita,
Bruna Matos