03 agosto, 2008




...enquanto a noite dança...


(Bruna Matos/Chicco Lacerda)


Astro sem rei, luz sem lei,

Se for preciso, serei Prometeu

Roubarei para ti um pouco

Do brilho do teu irmão,

O Sol,

De modo a que estejas em brasa por mais tempo

Pandora, não guarde para ti os segredos

Ferva, fragmente, esfarele meus sonhos,

E dessa poeira faça surgir a nossa realidade ilusória...

Posto que somos mitos loucos fábulas insanos fora das jaulas...

Embebedar-me-ei de água benta

Busco meus opiáceos

Na caixa nem esperança encontro...

Seríamos lendários?

Faunos?

Estaríamos no mundo da Alice sem as maravilhas?

Atrás do espelho, não encontro coelhos.

O escuro me cega, a brasa na qual

Fervi paixões deixou-se apagar...

Jamais sopre a chama, não reacenda;

Tenho o direito de não amar.

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