09 maio, 2008




In-Tensa

Mato-me, morro-me
Matar-te-ía?
Talvez a sufocaria
Ao ponto de ficar
estarrecida, de olhos
esbugalhados, assim como
os de uma linda noiva enforcada...
Só mataria a ti de amor,
Não por amor...
Deixar-te-ía sem ar
Em um beijo longo e
Molhado que nos levaria
Ao mundo mais aquático
Nunca noutro tempo visitado...
E a sereia de formas
perfeitas e cauda lilás
Jamais de meu mar libertaria.
Quisera eu ser pioneira
A desbravar estas sendas
Devorar com astúcia tuas fendas,
Explorar cada parte até beber
A última gota de sangue.
Se fosses virgem, me propunha
A ensinar-te tudo o que
Não domino, o desconhecido;
Criaríamos a serenidade perpétua
Cujas chaves estariam no regaço teu...

BM

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