02 dezembro, 2006


Sem reconstituição

Não!
Por favor, não desejo que me ames
Tão somente pela piedade que te acometes
Ao me ver assim,
Tomada por tamanha enfermidade,
Crescendo tal como escaras
Que já não cicatrizam mais.
Motivada apenas,
Pelos meus passos incertos
Nos cômodos de tua casa,
Esbarrando o corpo há muito lânguido
Nas paredes úmidas,
Os objetos do aparador
Que sem controle, vão ao chão.
Não quero que me vejas amarelada,
Judiada, no canto de tua suíte,
Sem suportar as náuseas matinais.
Nem tampouco, sentada no chão
Aos pranto ,
De lágrimas que inundam teu quarto .
Não quero que suportes, o que nem eu sou capaz.
Não quero que me tenhas amor,
Já não me amo mais.
Não deves beijar esta boca,
Que só faz secar,
Partida,
Fragmentada,
Como as cenas de uma peça
Sem sucesso,
Que dela, só restam pedaços
Soltos em um estúdio, ao fundo de um quintal qualquer.


BM

4 comentários:

Anônimo disse...

bom ver al berto morando por estas plagas. bom ver que tua produção é prolífica. mas quero ver-te outra face. diga-me lirismo libertação, diga-me da contemporaneidade da palavra. beijando-te, despeço-me.

Anônimo disse...

bom ver al berto morando por estas plagas. bom ver que tua produção é prolífica. mas quero ver-te outra face. diga-nos lirismo libertação, diga-nos da contemporaneidade da palavra. beijando-te, despeço-me.

Anônimo disse...

a anta selvagem muda a pessoa. mas os comentários se repetem. oh, blogger!:OD

Anônimo disse...

"O amor tem feito coisas que até mesmo Deus duvida.Já curou desenganados.Já fechou tanta ferida.O amor junta os pedaços quando um coração se quebra.Mesmo que seja de aço,mesmo que seja de pedra.Fica tão cicatrizado que ninguém diz que é colado.Foi assim que fez em mim,foi assim que fez em nós esse amor iluminado."