Suplícios
Já não são mais somente três vezes,
Que clamei por ti.
Em meio as noites desatinadas de meu percurso
Torto, tonta eu já perco as contas.
Já não são mais três os morfemas
Que grafam minha infelicidade,
Rascunharia a face por tanto descuro.
Em tão alto grau quis assassinar-te,
Mas não posso me valer do pretérito,
Posto que me seja imperfeito,
Valho-me do agora e nunca,
Do quanto quero tê-la morta
Em meus braços, da vontade
Que me invade o peito, me crava os pulmões
Já pleuríticos, de ter emergido teu corpo
Já sem vida desta lama, poltronice na qual
Imergiste, e me parece sem volta.
Sinto eclodir em meu peito que não é proláptico
A avidez de te presentear com o mais belo
De minh’alma – tua morte.
Assim, poderia roufenhar baixinho
Ao pé de teu ouvido cadavérico:
- Acorda, Alice.
BM.
Que clamei por ti.
Em meio as noites desatinadas de meu percurso
Torto, tonta eu já perco as contas.
Já não são mais três os morfemas
Que grafam minha infelicidade,
Rascunharia a face por tanto descuro.
Em tão alto grau quis assassinar-te,
Mas não posso me valer do pretérito,
Posto que me seja imperfeito,
Valho-me do agora e nunca,
Do quanto quero tê-la morta
Em meus braços, da vontade
Que me invade o peito, me crava os pulmões
Já pleuríticos, de ter emergido teu corpo
Já sem vida desta lama, poltronice na qual
Imergiste, e me parece sem volta.
Sinto eclodir em meu peito que não é proláptico
A avidez de te presentear com o mais belo
De minh’alma – tua morte.
Assim, poderia roufenhar baixinho
Ao pé de teu ouvido cadavérico:
- Acorda, Alice.
BM.
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