08 dezembro, 2006


Lágrimas Insopitáveis


Saiba
Que este córrego
Em minhas faces, pescoço,
Colo...
Não rola por ti.
Nem por ser humano algum em especial.
São minhas,
Pelo menos posso dizer:
Sou possuidora de glândulas lacrimais ativas
Depois de secas as salivares...
Já não molho minhas fronhas,
Nem abafo meus soluços
Pela ausência ou presença
De um amor, uma paixão.
Meu pranto hoje é clamor,
Punge,
Atormenta,
E roga pela finitude
De uma existência
Há muito expirada.
Embalagem de validade vencida.
Esperando apenas que alguém
A atire nalgum espaço sórdido
Pois nem para reciclagem sirvo.
BM

2 comentários:

Anônimo disse...

parece-me que foi aberta a temporada de viagem à terra do "é, a gente se vê, um dia, por aí". so... break a leg!

Anônimo disse...

Olá... Já te disse q seu blog é muito lindo, né? E quanto aos poemas, nem preciso falar tanto... pq vc sabe, sou uma amante incondicional da poesia. Estive "andando" com calma por aqui, para ver melhor. Vc continua escrevendo brilhantemente. Beijo carinhoso.