29 setembro, 2006




Presente magnífico, de um poeta espetacular.....
Por Chicco Lacerda
Baila o poeta pelo mundo em busca da suprema beleza
Rios e mares atravessa nesse afã
Usará em vão toda sua sensibilidade de artista
Nada conseguirá, sua busca será vã
Até quando te encontrar, bela Bruna, meu sonho e leveza.
Obrigada,
Bruna Matos

23 setembro, 2006


Reação


Um corpo,
Nada mais do que a massa
Corpórea que compunha
Um cadáver.
Ali,
Tão próximo de mim,
E tão longe do que o meu desejo aspirou,
Dos sonhos rasgados
Em meio às fotografias
Que encenavam uma vida em comum.
Os poemas, quem saberá a que mar
Foram lançados?
E meu guia,
Simplesmente, afogado!
Sem ação,
Sem estímulos,
Apenas um coração afetado
Ainda pulsava,
Por quanto tempo?
Até quando suspirará?
Venha, acenda meu cigarro,
Sufocar-me-ei,
E assim, quiçá,
Poderei compor
Minha morte.
Sem esperar a hora e vez
Que nunca chega.


BM

Encarcerada

O que ainda resta de emoção
Escorre por entre rugas
Neste rosto precocemente afetado.
O sorriso, fora roubado num baile
À fantasia, e me deram em troca
Uma máscara,
A esconder, meus verdadeiros olhos,
Encarcerada,
Oculta nesta face de ferro,
Meus estímulos,
Minhas lágrimas,
Cruelmente encobertos.
Por que cobram desta pobre mortal
O que é incapaz de ofertar?
Por que pedem sorrisos
Se somente as lágrimas compõem
As páginas em que rabisco
Minha ironia?
Eis-me na máscara,
Mas não posso retirá-la
Pois minhas pestanas
Secaram tal como
As folhas
De um cajueiro
Envelhecido!

BM